Capítulo 1

Não era mais o mesmo mas continuava em seu lugar. O mundo já não o interessava como antes, perdera toda a esperça naquela tarde cinzenta. Devia ser algo que ensinavam na escola pois todos pareciam iguais. O mais parecido comigo que eu conhecia era o cara do espelho. Ele era canhoto. Todos esses caras canhotos tem alguma veia artística e são maioria em alguns profissões. Bem estranho. Já tentei escrever com a mão esquerda mas se nem com a direita alguém entende o que escrevo, imagine como ficou a letra do ser mais descoordenado da cidade. Extremamente ridículo.

Hoje o vizinho acordou pensando que era o Frank Sinatra e ele deve ter pensado que eu era algum lunático desses daí que rondam a cidade falando das profecias de Nostradamus. As vezes ele começa com essas coisas, coloca o som no último volume e canta ainda mais alto. Eu acho que ele queria estar na Broadway mas foi reprovado em todos os testes que fez. Nem o mais maluco pagaria pra ouvi-lo e eu tenho o prazer de fazer isso de graça. Mas depois de hoje ele deve parar por uns tempos.

A vida não é um sonho. Digo sonho de sonho e pesadelo. É só usar lógica que você chega a isso. Eu estou dormindo, estou sonhando e derepente acordo, o sonho se foi e veio a vida, a realidade. Se não é sonho é pesadelo mas você pode estar perguntando se eu fizer a análise para pesadelo também, logo a vida não é um pesadelo. Pronto, a vida não é sonho, nem pesadelo. Mas o que ela seria então? Bom, não sei... apenas sei que preciso ir pra escola fazer aquela prova para qual não estudei nada. Vai ser mais um freak show, vou levar meu dado caso sejam testes. Se o dado dá 1 é letra A, se for 2, é B e assim com as outras. Mas as alternativas vão até E, mas e se der 6? Jogo o dado de novo. E se der 6 de novo? Então o professor errou a questão porque o dado não erra.