quarta-feira, outubro 25, 2006

Capítulo 4

Pode parecer besteira mas, as vezes, eu acho que esse lance de céu e inferno existem mesmo. Mas a melhor parte é que eu realmente penso que o inferno é aqui e estamos todos mortos. Isso explicaria muitas coisas. Morto ou não, a vida continua.

Família é uma coisa realmente estranha, todas aquelas pessoas compartilhando os mesmos genes de você... odiar alguém da sua família é odiar a você próprio? Penso nisso porque os genes dizem muitas coisas de como somos. Depois de umas bebidas numa festa com minha família meus pensamentos não podem estar muito em ordem mesmo. Nunca vi pessoas mais doidas. Era aniversário de um tio, não o alcoolatra, um dos outros. O tio alcoolatra como sempre bebeu seus 5 litros de cerveja por conduta médica, claro. São sempre as mesmas conversas, conversas de doido, por sinal. É como num eterno Dèja-vu, tudo se repetindo sempre, o mundo das festas familiares chegou ao seu limite e precisa se repetir sempre. É um contando a mesma história da última festa e o outro ouvindo como se fosse a primeira vez. Não sei quem é o mais maluco nisso tudo, se é quem tá contado que nunca se lembra que já falou isso, ou o outro que finje não ter ouvido a história antes, ou mesmo então não se lembra de nada mesmo. Após a festa vai cada um pra sua casa falar mal do que os outros fizeram. Não sei se é assim em todas as casas mas na minha é. Esse negócio de falar mal dos outros eu não gosto muito. Não que eu nunca fale alguma coisa ou outra de alguém, mas é que ninguém é perfeito pra poder falar algo de alguém. Não sei, tem certas coisas que sempre me soa estranha e essa é uma delas.

O meu trabalho de história até que não ficou ruim, foi um 8 no nome da Laura. No meu nome foi um 5. Essa foi a última vez que me submete a uma coisa dessas. É preciso acabar com isso logo no começo porque se você cede uma vez agora, outra daqui a pouco, vc vai relevando certas coisas e quando você percebe já está fora de controle. É tipo um Frankstein. O monstro se voltando contra o criador.

Não posso deixar de falar sobre as novidades na vizinhança. A Dona Joana trocou seu colchão e botou o velho na calçada porque não tinha lugar na casa dela. No dia seguinte tinha um mendigo dormindo lá e a Dona Joana quando viu foi expulsar o cidadão do seu colchão. Mas quem disse que ele queria sair? Começou a falar que o colchão era dele, foi uma briga e tanto e no final o mais inesperado. O cachorro do Jorge em sua caminhada matinal resolveu delimitar território no bentido do colchão no meio de toda a confusão. Não sei quem ficou mais bravo, a Dona Joana ou o Mendigo.

3 comentários:

Anónimo disse...

minha mãe costuma dizer que quem tem família não precisa de inimigos... =D

Raphaela Garcia disse...

Faça uma árvore com os personagens, please.

Deh disse...

família é tudo igual mesmo..
e o colchão é do Mendigo.